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MPF recomenda suspensão de audiência pública sobre aterro sanitário em Bujaru, no Pará

Caminhão levando lixo para aterro. Paula Sieplin/TV Fronteira O Ministério Público Federal (MPF) recomendou ao Governo do Pará e à Secretaria de Estado de ...

MPF recomenda suspensão de audiência pública sobre aterro sanitário em Bujaru, no Pará
MPF recomenda suspensão de audiência pública sobre aterro sanitário em Bujaru, no Pará (Foto: Reprodução)

Caminhão levando lixo para aterro. Paula Sieplin/TV Fronteira O Ministério Público Federal (MPF) recomendou ao Governo do Pará e à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) que suspendam, imediatamente, a audiência pública marcada para esta terça-feira (19), sobre a instalação de um aterro sanitário em Bujaru, no nordeste do estado. Segundo o MPF, dezenas de comunidades quilombolas e ribeirinhas ainda não foram consultadas, como determina a Consulta Prévia, Livre e Informada (CPLI), prevista em acordo internacional. O órgão ministerial diz ainda que nenhuma medida relacionada ao projeto deve ser tomada antes do procedimento obrigatório. Em nota, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas) informou que "não foi notificada sobre a recomendação". 📲 Acompanhe o canal do g1 Pará no WhatsApp Licenciamento O Complexo de Destinação Final de Resíduos Sólidos Urbanos, da empresa Revita Engenharia S/A, está em fase de licenciamento. Para o MPF, o processo avançou sem respeitar o direito à consulta estabelecido pela Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). No Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), apenas sete territórios quilombolas nos municípios de Acará e Bujaru foram considerados, deixando de fora o município de Moju e várias comunidades reconhecidas pelo Incra e Iterpa, como a Comunidade Quilombola do Abacatal. Na recomendação, o MPF pede que a Semas: Não conceda Licença Prévia antes da consulta formal a todas as comunidades impactadas, inclusive em um raio superior a 10 km do empreendimento. Atualize o EIA/RIMA, incluindo todas as comunidades omitidas e apontando impactos específicos, além de sugerir medidas de compensação. Disponibilize todos os documentos do licenciamento de forma integral e acessível às comunidades afetadas. Risco de nulidade e medidas judiciais Para os procuradores da República do Núcleo dos Povos das Florestas, dos Campos e das Águas (Nupovos), que assinam a recomendação, a falta de consulta e a exclusão de comunidades tornam o processo administrativo vulnerável e podem levar à nulidade do licenciamento. Caso a recomendação não seja seguida, o órgão aponta que poderá adotar medidas judiciais para garantir os direitos das populações tradicionais e do meio ambiente. Câmara Municipal de Belém discute sobre aterro sanitário em Marituba LEIA TAMBÉM: Manifestantes fecham Alça Viária, na Grande Belém Moradores fecham rodovia no Pará em protesto contra novo aterro Lixo na Grande Belém: propostas e soluções VÍDEOS: veja todas as notícias do Pará Confira outras notícias do estado no g1 PA